Oficina de Construção de Instrumentos Musicais – Ciclo Natural

A Arena Carioca Dicró realiza a oficina de Construção de Instrumentos Musicais no próximo sábado, dia 1 de setembro::

Corda-bamba em primeiro plano e flautas ao fundo

Sob coordenação do grupo Ciclo Natural - Educação, Arte e Ecologia, a oficina busca despertar nos participantes a importância da consciência ecológica, através das diversas utilizações musicais de materiais tidos como sucata. Durante a atividade, são demonstrados como construir alguns instrumentos musicais simples, utilizando materiais diversos como canudos, tubos, garrafas, bolas de gás, entre outros. Também são realizados jogos musicais e lúdicos de interação sonora e integração com o grupo, onde o corpo (principal instrumento musical de cada um) é trabalhado de forma prática e criativa em conjunto com os instrumentos musicais.

Dia 01/09

Local: Praça de Convivência

Horário: sábado, às 10h

Grátis

Vagas limitadas - inscrições antecipadas

Venha despertar o seu talento. As inscrições podem ser feitas pessoalmente na Arena Carioca Dicró (Avenida Braz de Pina, s/n°, Parque Ary Barroso (acesso pela Rua Flora Lobo), de terça a sexta, a partir das 13h, e aos sábados e domingos, a partir das 10h, ou pelo e-mail arena@observatoriodefavelas.org.br ou telefone 3486-7643.

Penha in Memórias: Entre cores e luz.

Na Arena Carioca Dicró, Parque Ary Barroso, Av.Brás de Pina. Penha.

 

Visita técnica à Serra da Misericórdia e apresentação do Parque Ecológico para região

Uma notícia boa sobre a importância da mobilização popular vem da turma que briga pela preservação da Serra da Misericórdia. É que na próxima terça-feira, 28/08, às 10h, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, a Secretaria Municipal de Habitação e técnicos da Caixa Econômica Federal farão uma visita técnica à região para apresentação do projeto do PARQUE MUNICIPAL URBANO DA SERRA DA MISERICÓRDIA - RJ. Este é sem dúvida um passo importante garantindo que a gestão do projeto seja realizada por entidades locais com participação popular. Uma conquista da sociedade civil local e do Verdejar Socioambiental e de seus parceiros.

Primeiras demarcações para preservação -  Arquivo Verdejar 

Só para lembrar um pouco a história, o Parque Ecológico da Serra da Misericórdia foi inicialmente previsto no Programa PAC Favelas do Governo Federal, no entanto a obra não foi realizada mesmo tendo verba prevista para este fim. Qualquer semelhança com relação às promessas da construção de um CAPs AD em Manguinhos em que existia verba, mas que fora para alguma outra coisa e não para o destino determinado. Enfim...

Mas voltando para o Parque Ecológico, durante a Conferência Rio+20 foi anunciado pelo município que o parque seria implantado com recursos da Caixa Econômica Federal que disponibilizou  para a prefeitura R$ 16 milhões para a realização da obra. Na programação, a construção de: dois centros de educação ambiental e outros equipamentos.

A visita técnica objetiva apresentar o projeto do parque à comunidade e aos grupos ecológicos locais, os demais interessados sintam-se convidados. Nosso encontro com os representantes das secretarias e da Caixa Econômica Federal será na antiga sede do Verdejar, no bairro Engenho da Rainha, na Rua Sérgio Silva em frente ao Conjunto dos Músicos, próximo à Estação do Metrô Engenho da Rainha.

• Serviço: Visita técnica à Serra da Misericórdia - Apresentação do projeto do Parque Municipal Urbano da Serra da Misericórdia.

Data: 28/08 - 3a feira 
Horário: 10h 
Local: Rua Sérgio Silva, Sn°. Engenho da Rainha. Próximo à Estação do Metro Engenho da Rainha.
Contatos: Edson Gomes (21) 9837-0944; Erick da Guia (21) 9717-2931; Sérgio Ricardo (21) 9734-8088

Mais informações sobre a mobilização do Verdejar nos links:
http://www.revistainhauma.blogspot.com.br/

http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2012N22423
http://www.youtube.com/watch?v=7NW10Swe5fQ 

Mutirão Agroecológico do Verdejar, Sábado e Domingo, 25 e 26 de Agosto

Venham conhecer o Verdejar Socioambiental e ajudar de fato a verdejar a Serra da Misericórdia, a última área verde de mais de 2,5 milhões de moradores da Zona Norte do Rio de Janeiro. 

Serra da Misericórdia: Zona Norte merece cuidados na sua unidade de conservação

Há duas semanas, foi noticiado nas redes sociais que a sede da ONG Verdejar, que atua na Zona Norte do Rio, mais precisamente nos cuidados ambientais da Serra da Misericórdia, havia sido subitamente demolida pela Light. O fato causou comoção pela dose de violência contida na demolição “a jato” da sede de uma instituição da sociedade civil, que se dedica à preservação de uma unidade de preservação tão importante para a Zona Norte do Rio.

Mas por trás desse fato há um outro mais grave: o da gradativa subtração dos limites de uma área de conservação, sem a devida autorização legal.

Na última reunião do CONSEMAC (Conselho Municipal de Meio Ambiente – Rio), que aconteceu no dia 14 de agosto, o assunto foi explicitado por um representante da ONG Verdejar; em resposta, o secretário de Meio Ambiente e presidente do Conselho asseverou que não havia dado licença de corte de árvore no local e, caso a Light estivesse cortando árvores, mandaria a patrulha ambiental.

As árvores para derrubada estão assinaladas, mas parece que é só para estudo, visando futura dizimação, ainda não autorizada, embora a autorização da subestação da Light no local já esteja dada: como realizar uma coisa sem a outra?

Prosseguiremos esclarecendo como vem se processando as equivocadas derrubadas de milhares de árvores na Cidade do Rio de Janeiro. E isto tudo antes das eleições. Como será depois delas?

Fonte: http://www.soniarabello.com.br

Disputa da Serra da Misericórdia

Sede da ONG Verdejar é demolida para dar lugar a uma subestação de energia da Light

Voluntários da ONG reivindicam um novo localEDUARDO NADDAR / AGÊNCIA O GLOBO

No inicio do mês, a ONG Verdejar, que atua há mais de 15 anos na Serra da Misericórdia, foi despejada de sua sede, na Rua Sérgio Silva 36, no Engenho da Rainha. Com o respaldo de uma liminar, a Light, dona do terreno, conseguiu demolir a sede da instituição para construir uma subestação de energia no local.

Desde então, moradores do Engenho da Rainha e representantes da ONG, que atua na recuperação de áreas degradadas e na divulgação de técnicas de agroecologia junto à comunidade do entorno, vêm tentando conseguir um meio de manter o trabalho que é feito na região.

A Light afirma que está negociando com a Verdejar uma solução que permita a continuação do trabalho na Serra da Misericórdia. E diz que, nas próximas semanas, haverá novas reuniões. Membros da ONG, no entanto, reclamam que a empresa não se posiciona oficialmente quanto à promessa de construção de uma nova sede. Queixam-se ainda de que a empresa já está preparando o terreno onde ficava a antiga sede para instalação da subestação sem prever um novo local para os trabalhos da instituição.

Esperançosos, membros da ONG lembram que já estiveram ameaçados de deixar o local outras vezes.

— Entre 2000 e 2002, grileiros fizeram um muro com o propósito de lotear uma área da Serra da Misericórdia para fazer um condomínio de casas. Chegaram a vender o terreno para três famílias diferentes. Só que, com a ajuda do Ministério Público, e sob ameaça de morte, conseguimos colocar o muro abaixo. Os grileiros, no entanto, deixaram a terra devastada — conta Edson Gomes,membro da ONG.

Fonte: O Globo

ONG Verdejar perde sua sede

POR JOÃO RICARDO GONÇALVES - O DIA

Rio -  Mais de uma década antes de que a cidade começasse a falar sobre a pacificação do Complexo do Alemão e que teleféricos fossem erguidos na região, a ONG Verdejar já fazia trabalhos de reflorestamento na Serra da Misericórdia, que serpenteia o conjunto de favelas. De lá para cá, a instituição passou ainda a desenvolver  projetos diversos, como agroecologia e educação ambiental de jovens.

Foto: Divulgação

Desde o início do mês, porém, a ONG enfrenta um de seus períodos mais dramáticos: perdeu a sua principal sede, na Rua Sérgio Silva, em Tomás Coelho. No local, está prevista a construção de uma subestação de energia da Light, dona do terreno.

Coordenador da ONG, Edson Gomes Loiola, afirma que os integrantes da ONG foram surpreendidos pela notícia de que o prédio seria demolido. Mas a demolição, no dia 6 de agosto, foi autorizada pela Justiça.

Loiola lembra que o terreno era praticamente um lixão quando passou a ser usado pela ONG e que tiveram que resistir a ameaças de grileiros para ficar no espaço. Na semana passada, representantes da Light e da Verdejar se reuniram para discutir o assunto. A empresa alega que a subestação vai beneficiar 200 mil pessoas. Mas prometeu buscar solução para que a ONG continue trabalhando.

Fonte: O DIA

Exposição Cabo Verde Natural no Centro de Educação Multicultural

O grupo CICLO NATURAL - Educação, Arte e Ecologia oferece gratuitamente para moradores do Complexo da Penha uma contrapartida cultural referente ao projeto “Cabo Verde Natural 2012” 

O projeto “Cabo Verde Natural 2012“ foi realizado com incentivo do programa de fomento da Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, e promoveu o retorno do grupo à Ilha de Santiago em Cabo Verde (África) em julho de 2012, para a realização de oficinas de construção de instrumentos musicais com sucata, e de música – transcarioca, na Casa da Música da Uni-CV (Universidade de Cabo Verde), para a formação de multiplicadores, produção de uma exposição interativa e uma apresentação musical para o público em geral.

Quando: Sábado dia 18 de Agosto, de 14 às 17h.
Onde: CEM - Rua Angra dos Reis, 305 - Penha|Grotão - Serra da Misericórdia

Verdejar: luta em defesa do meio ambiente

Na manhã desta sexta-feira,  nosso Gabinete esteve presente ao ato realizado no Centro do Rio, em repúdio ao despejo e demolição da sede da ONG Verdejar. Uma comitiva foi recebida pela Direção da empresa para discutir a remoção e tentar buscar um concenso.

Na tarde desta quinta-feira, dia 09 de agosto, fiz um discurso em Plenário sobre o despejo da ONG Verdejar de um terreno onde funcionava sua sede, no Engenho da Rainha, na Zona Norte  da Cidade, no último dia 6.

Para tentar reverter a situação, dirigentes do grupo participam na terça-feira,de uma reunião na Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

O terreno, ocupado há mais de 15 anos pela instituição, será utilizado para a instalação de um subestação de energia da Light SA.

Ratifiquei a posição do Partido Verde a favor de qualquer ação pela preservação, entre elas a permanência da ONG que, há anos, se destaca pela luta na defesa da Serra da Misericórdia.

A área onde funcionava o Verdejar Socioambiental foi transformado, durante a permanência do grupo, em parque para a população do bairro e refúgio para a biodiversidade.

Fonte: Sonia Rabello

Verdejar é despejada do Parque da Serra da Misericórdia

Fonte: FASE
Nosso apoio a Verdejar, que luta por Justiça SocioAmbiental na zona norte do Rio de Janeiro.

Texto e fotos de Eduardo Sá, da Articulação Nacional de Agroecologia

Na tarde desta terça-feira (6), no Engenho da Rainha, zona norte carioca, representantes da Light S.A junto a policiais militares autorizaram a demolição da sede da ONG Verdejar, que realiza há mais de 15 anos um trabalho sócio ambiental no Parque da Serra da Misericórdia. A liminar de reintegração de posse foi dada pela desembargadora Norma Suely Fonseca, para viabilizar a construção de uma subestação da concessionária para atender a região.

As pessoas que se encontravam no local disseram que ninguém foi previamente avisado, inclusive só ficaram sabendo porque tinha um integrante da instituição na hora regando as plantas (veja o relato da Verdejar). Em poucas horas toda a casa foi posta abaixo e seus pertences, incluindo muitas mudas para o reflorestamento local, um de seus projetos, levadas num caminhão para a sede administrativa, em Olaria. Um banheiro ecológico, recém construído, e um sistema de captação de água da chuva também foram destruídos. Houve confusão no momento, mas ninguém saiu ferido ou preso.

De acordo com o presidente da Verdejar, Edson Gomes, a organização acionou a defensoria pública para entrar com a sua documentação no processo e tentar uma oitiva com a desembargadora. Em paralelo a isso, segundo ele, serão realizadas ações políticas como um ato em frente à prefeitura às 17h e uma reunião com o secretário municipal de Meio Ambiente, Altamirando Fernandes, sobre a Serra da Misericórdia e Light.

“Vamos ocupar temporariamente toda essa fachada com arte e ações de plantio, até que se resolva o problema desse inquérito. Nós temos alvará para atuar nesse território, temos o relógio da própria Light funcionando em nome da ONG Verdejar. E o número do endereço daqui não é o do processo deles. Temos ainda um documento da Secretaria de Meio Ambiente reconhecendo o nosso trabalho nessa área, além de dezenas de instituições que estão agora produzindo documentos em apoio ao Verdejar. Faremos um abaixo assinado, onde os moradores vão poder afirmar a importância desse trabalho na região”, afirmou Gomes.

A avaliação do presidente da Verdejar é que existe um estado de exceção em diversos pontos isolados do Rio de Janeiro, em função das grandes obras e de uma expansão desordenada da cidade. Para ele, esse foi mais um caso arbitrário e covarde, na ocasião realizado pela Light. “Estavam com policiais militares assegurando a segurança do interesse do capital privado, e não da população. Estamos nos sentindo violentados, nenhum dos nossos direitos foram respeitados. A gente teve hoje o nosso espaço esvaziado e a nossa sede demolida, uma sede que estamos há anos lutando para construir”, criticou.

Juvenildo Barbosa, da área de patrimônio da Light, estava coordenando a operação no local e disse que foi uma imissão de posse, com mandado judicial, para construir a futura subestação da Light. Segundo ele, como toda obra pública, foram cumpridas várias etapas e os moradores participaram de algumas reuniões, inclusive na Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMA). A Light informou em nota que a subestação vai beneficiar cerca de 200 mil pessoas do Complexo do Alemão e entorno.

“Vamos utilizar somente a área necessária para construção da subestação, logicamente que nesse processo existe uma compensação: o que houver a necessidade de tirar de árvores a gente planta em outro local, segundo os critérios determinados pela SMA. Eles participaram da reunião, tomaram conhecimento que seria construída a subestação da Light nessa localidade, o que eu não consigo te dizer é porque eles não souberam que a Light viria hoje (06) com um oficial de justiça e o aparato policial para fazer a imissão da posse”, informou.

De acordo com o representante da Light, a partir de hoje, com o terreno sob responsabilidade da concessionária, serão realizados os estudos necessários para começar as obras de utilidade pública. Os moradores provavelmente não serão indenizados, pois o terreno pertence a uma empresa [massa falida] e era apenas utilizado pela Verdejar, complementou. O procedimento padrão, disse, é a realização de um levantamento do patrimônio para os valores serem depositados numa conta acessada via justiça pelo proprietário, que no caso não existe. “O que é fato para nós da Light é que temos uma deficiência no sistema de fornecimento de energia, e vamos precisar construir diversas outras subestações”, concluiu.

Moradores indignados

Alguns jovens integrantes dos projetos da Verdejar presenciaram o despejo com os moradores. Todos surpresos e indignados, sem condições de responder à demolição. A filha de Luiz Poeta, pioneiro do projeto que faleceu precocemente no ano passado, Luara Marins, mal conseguia expressar sua insatisfação com o que estava vendo. Ela mora desde 2009 no topo da Serra, onde foi construída uma cisterna recentemente para irrigar as hortas, seguindo a trilha que começa na sede destruída. Chorando, ela conta que acompanhou toda a história da Verdejar desde pequena e que, se preciso, o projeto vai continuar nem que seja com reuniões no mato.

“Acompanhei toda a luta do meu pai, a história da Verdejar, e dói muito ver isso acontecendo. Eu sei o quanto era importante para ele essa casinha simples, ter conquistado um espaço com essa sede. Porque no começo eles se reuniam no meio do mato para lutar. Vamos conseguir outro espaço, e continuaremos lutando na justiça. Eles não avisaram 15 dias antes e nem na hora, se não tivesse gente dentro não ficaríamos nem sabendo!”, disse indignada.

O presidente da Associação de Moradores da comunidade Sergio Silva, que fica na rua da Verdejar, Fortunato lembrou da luta da ONG contra grileiros e traficantes para manter aquela região desocupada e preservada. Na sua opinião, foi um ato de covardia do prefeito Eduardo Paes, que está em ano de campanha atendendo os interesses dos seus aliados.

“Não temos barraco aqui por causa da luta do Verdejar, junto com a associação de moradores. Quem vendeu esse terreno para a Light foi o prefeito Eduardo Paes, sem conversar com a comunidade. Uma área que se mantinha preservada com projetos de replantio, a custo de muito suor. A Verdejar foi surpreendida com uma ordem judicial de desapropriação, sem nenhum um prévio aviso. Pedimos 12 horas para que pelo menos tivéssemos um lugar para colocar todas as coisas, e eles não deram”, afirmou.

Fortunato disse que o poder público só chega nas comunidades Sergio Silva e Juramentinho com a força policial, e não há a mão do prefeito em nada nestes locais. Ele destacou que era a única área de lazer para as crianças na região, e o prefeito sequer consultou a comunidade, mesmo sendo área de preservação ambiental. “Considerando que isso aqui era uma massa falida, é direito da comunidade decidir qual será o seu destino. Essa é a atitude de um prefeito que quer a reeleição, seguido de empresas que foram privatizadas para que os seus donos não tivessem nenhum compromisso com a sociedade. Não houve nenhum divulgação da imprensa, isso é típico do sistema, que é covarde”, protestou.

A Light, até o fechamento da matéria, não informou quais as empreiteiras que integram o consórcio que realizará as obras da subestação.

Questão Ambiental

Desde o ano 2000 o terreno da sede da Verdejar é uma Área de Preservação Ambiental e Recuperação Urbana (Aparu), segundo a placa na entrada da área, atribuição conquistada por meio de lutas durante alguns anos. Nos últimos 10 anos, de forma voluntária, dezenas de pessoas, sobretudo Luiz Poeta, reflorestaram todo este trecho do Parque Florestal da Serra da Misericórdia. A área tinha muitos problemas com incêndios, que foram sanados.
Depois de todo esse esforço, as árvores serão derrubadas, o solo vedado com a pavimentação da subestação, torres construídas, dentre outras iniciativas que degradarão o ambiente.

Segundo o biólogo Rafael Carvalho, um dos diretores do Verdejar, a fauna e a flora locais serão prejudicadas. Ele destacou que todo o trabalho agroecológico desenvolvido voluntariamente nos últimos 20 anos por diversos agentes da região, inclusive com o envolvimento de pessoas mais jovens, trouxe diversos benefícios para os moradores.

“Nós temos uma agrofloresta que fazia a regeneração natural que liga dois fragmentos, e um deles vai ser suprimido totalmente pela obra. A gente era um pólo de tecnologias sociais para a comunidade. Temos captação de água da chuva, cujo abastecimento local é precário, agrofloresta, aquecedor de água, tratamento biológico de esgoto, realmente estamos se instalando nessas comunidades para empoderá-las por meio de tecnologias sociais. Mostrando também a possibilidade de agricultura urbana, agroecologia”, observou.

De acordo com Carvalho, há pouco mais de um mês foi divulgado na mídia que o Parque da Serra da Misericórdia recebeu um investimento de R$ 15 milhões. “E a primeira ação feita foi esse despejo da única organização de meio ambiente da região. Uma das poucas que fala da Serra da Misericórdia e que atua aqui há 15 anos”, questionou.

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente informou, por meio de sua assessoria, que só vai se manifestar sobre o caso após a reunião realizada no final desta tarde (07) com representantes das partes envolvidas.

(*) Veja a reportagem sobre o trabalho desenvolvido pela Verdejar.

Nota: Covardia institucional é crime com a população! Verdejar Já!

Prezados(as),

Na tarde desta segunda-feira a ONG verdejar que atua há mais de 15 anos voluntariamente em prol do desenvolvimento sustentável da Serra da Misericórdia e comunidades do entorno foi desapropriada de sua sede na serra , que foi imediatamente demolida, para que no local seja instalada uma subestação de energia da Light SA.

Nesse período em que estamos lá, na vertente do bairro engenho da rainha ocupamos a área para que esta tivesse condições de se tornar um Parque e colaborasse para a qualidade de vida da população local e fosse um refúgio de biodiversidade na região mais densamente povoada e poluída da cidade do Rio de Janeiro. realizamos caminhadas e mutirões ecológicos, participamos da articulação de agroecologia e da rede de agricultura urbana do Rio de janeiro, fortalecendo a agroecologia.

No final dos anos 90 um grupo de grileiros tentou se apossar da área e vender os terrenos, mas com a militância foram impedidos pelo MP e Justiça. Além dessa houve várias outras tentativas de ocupação da área ilegalmente que conseguimos combater.

Se não fosse a nossa presença ali estima-se que teria se formado o maior conjunto de favelas pela união dos complexos do Juramento e do alemão e da Penha.

A única ação da prefeitura foi decretar 2 unidades de conservação, que não foram regulamentadas, e na prática só tá em curso o projeto mutirão de reflorestamento.

Recebemos a informação do interesse da LIGHT SA. em fazer a subestação ali há mais ou menos um ano e meio, nunca nos negamos o diálogo e nos contatos que tivemos com seus representantes.

Apontamos 3 alternativas de lugares para a obra, a importância desta área de lazer para a comunidade (que tem um campo de futebol tambem), e a necessidade de eles terem que realizar um estudo de impacto de vizinhança e cumprirem as devidas compensações ambientais e indenizações. Até então a afirmativa era de que eles estavam apenas em estudo, sondando o terreno e contando as árvores do local.

Continuamos tentando contato com eles sem retorno, pois os antigos técnicos que nos atendiam afirmavam que não estavam mais no projeto e que nos passariam para os responsáveis, o que não ocorreu. Nós nem sabíamos da existência de um processo de desapropriação.

Apesar de ter sido negado pelo Juiz da 7ª vara cível do méier, uma desembargadora do Tribunal de Justiça do RJ decidiu a favor da empresa, negando a nossa existência e todas as nossas benfeitorias no local, nem mesmo o fato de terem que nos avisar previamente e o fato consumou-se hoje. Por sorte, conseguimos contato com o deputado Marcelo Freixo que disponibilizou um assessor seu que é advogado e nos acompanhou até a defensoria pública do mesmo bairro (méier), onde um defensor nos atenderá amanhã.

Tambem cito o apoio de um estagiário da comissão de direitos humanos da ALERJ que nos passou o contato do núcleo de terras da defensoria que nos deu um primeiro atendimento.

Enfim, mais uma vez o estado (na pessoa de uma concessionária deste) passa por cima como um rolo compressor da sociedade civil e a justiça mostra que é caolha.

Para conhecer nosso trabalho e nosso fundador:

 

"O Verde precisa verdejar". "A Serra é quem clama." Assim dizia Luiz Poeta, fundador do movimento ambientalista que luta pela recuperação, educação e preservação da Serra da Misericórdia (Complexo do Alemão) há 15 anos com as próprias mãos, despejando seu suor em cada ação desenvolvida visando a construção do Parque Ecológico da Serra.




Por favor nos ajude a divulgar em suas redes!
Quem quiser chegar e nos ajudar na divulgação para nosso ato de Sexta feira dia 10/08 as 10h enfrente a Light. Vamos plantar na Serra da Misericórdia as Mudas retiradas do nosso Horto e fazer arte, poesia, musica, e demais manifestações juntamente com a Comunidade. se acheguem!!! essa luta não é minha só ela é de todos nós ela é de todos nós!!