Foto: Allan Lucas |
Estende-se por 27 bairros do subúrbio carioca: Abolição, Bonsucesso, Brás de Pina, Cavalcante, Cascadura, Complexo do Alemão, Del Castilho, Engenho da Rainha, Higienópolis, Honório Gurgel, Inhaúma, Irajá, Madureira, Olaria, Penha, Penha Circular, Piedade, Pilares, Ramos, Rocha Miranda, Tomas Coelho, Turiaçu, Vaz Lobo, Vicente de Carvalho, Vila Kosmos e Vista Alegre.
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Toda essa região apresenta processos históricos de degradação ambiental e
abandono, que vão desde o abatimento das florestas e seus povos, com o cultivo
de monoculturas na época do Brasil colônia, até a sua ocupação desordenada. É
agravante o atual quadro de degradação ambiental em que se encontra a Zona
Norte carioca mais especificamente a região da APARU da Serra da
Misericórdia.
Antes da conquista da Área de Proteção Ambiental e Recuperação Urbana (APARU), estabelecida pelo Decreto nº 19.144, de 14 de novembro de 2000, não havia nenhum controle sobre a poluição dos bairros circundantes ao maciço da Misericórdia. Havia a presença de três pedreiras com suas jazidas de granito na região, com emissão do esgoto industrial na água dos rios da Serra da Misericórdia, que transportavam metais pesados e detritos orgânicos para a Baia de Guanabara. Com a perda da vegetação original, houve a destruição da estrutura do solo que é necessário à sua agregação e firmeza, causando a impermeabilização, ressecamento dos rios que dependem da vegetação e a aceleração da erosão e do assoreamento, pondo em risco muitas comunidades que viviam nas encostas.
A Serra da Misericórdia é considerada parque e área de preservação ambiental desde 16 de dezembro de 2010, a partir do Decreto nº 33280, que nomeou o Parque Municipal da Serra da Misericórdia como Parque Municipal Urbano da Serra da Misericórdia, e estabeleceu seus limites. Na prática, o reconhecimento significa que o local será destinado ao lazer, à prática esportiva, à recreação em meio à natureza, à promoção da educação ambiental e à valorização das manifestações culturais e tradições locais, e a ações de proteção às áreas de reflorestamento, à fauna, às nascentes e mananciais de água existentes no local.
Visualizar Serra da Misericórdia em um mapa maior SERRA DA MISERICÓRDIA
Os dados históricos
sobre a Serra da Misericórdia remontam o primeiro ciclo agrícola. Entre os
séculos XVII e XIX, servia como fronteira entre as importantes freguesias
rurais de Inhaúma e Irajá, que mais tarde se converteram em freguesias urbanas
e finalmente em bairros suburbanos da cidade do Rio de Janeiro.
Estando dentro da
macro bacia hidrográfica da Baia de Guanabara destacam-se como principais
corpos hídricos da região: O Canal do Cunha, o Canal da Penha, os rios Jacaré,
Faria, Timbó (que tem suas águas enriquecidas por inúmeros afluentes na Serra
da Misericórdia), Faria-Timbó, Cachorros (com suas nascentes na Misericórdia),
Irajá e Ramos; onde se situa a Praia de Ramos, considerada pelos órgãos
públicos como “a mais poluída do Brasil”.
Considerando-se os
bairros inseridos na Serra da Misericórdia, vivem 897.797 mil habitantes na
região, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE –
1996), dos quais grande proporção vive nas 98 favelas existentes (Instituto
Pereira Passos – 1998). Destacam-se os Complexos do Alemão, Complexos da Penha
e Juramento considerados a área mais violenta da cidade, (Secretária de Estado
de Segurança Publica SESP – 2002).
Foto: Allan Lucas |
Antes da conquista da Área de Proteção Ambiental e Recuperação Urbana (APARU), estabelecida pelo Decreto nº 19.144, de 14 de novembro de 2000, não havia nenhum controle sobre a poluição dos bairros circundantes ao maciço da Misericórdia. Havia a presença de três pedreiras com suas jazidas de granito na região, com emissão do esgoto industrial na água dos rios da Serra da Misericórdia, que transportavam metais pesados e detritos orgânicos para a Baia de Guanabara. Com a perda da vegetação original, houve a destruição da estrutura do solo que é necessário à sua agregação e firmeza, causando a impermeabilização, ressecamento dos rios que dependem da vegetação e a aceleração da erosão e do assoreamento, pondo em risco muitas comunidades que viviam nas encostas.
A Serra da Misericórdia é considerada parque e área de preservação ambiental desde 16 de dezembro de 2010, a partir do Decreto nº 33280, que nomeou o Parque Municipal da Serra da Misericórdia como Parque Municipal Urbano da Serra da Misericórdia, e estabeleceu seus limites. Na prática, o reconhecimento significa que o local será destinado ao lazer, à prática esportiva, à recreação em meio à natureza, à promoção da educação ambiental e à valorização das manifestações culturais e tradições locais, e a ações de proteção às áreas de reflorestamento, à fauna, às nascentes e mananciais de água existentes no local.
PROBLEMÁTICAS DA REGIÃO
Fonte:
Foto: Allan Lucas |
- Resíduo sólido urbano - É hábito de alguns moradores da Serra da Misericórdia de jogar lixo nas encostas dos morros pode trazer conseqüências perigosas. O acúmulo do lixo causa a propagação de insetos, porcos e ratos, ocasionado graves problemas como a leptospirose, contaminação do solo e a raiva.
Foto: Bruno Lisboa |
- Ocupação irregular - Crescimento desordenado da Favela e ocupações imobiliárias comprometendo toda área verde exatamente no Complexo da Penha, entre as favelas do Grotão, Chatuba.
Foto: Allan Lucas |
- Queimadas – Uma prática primitiva da agricultura antiga, destinada à limpeza do terreno, quando não são feitas por balões e moradores desavisados. Na Serra se faz necessário diminuir a incidência de incêndios e queimadas na área através de ações preventivas integradas, que diminuem a erosão do solo na área especificada da Serra da Misericórdia.
- VERDEJAR - SOCIOAMBIENTAL (Referencia de trabalho e militância de 15 anos sobre a Preservação da Serra da Misericórdia)
- Comite da Serra (Comitê de Desenvolvimento Local da Serra)
Alô camaradas do cem por favor corrijam o nome da fonte onde realizaram a pesquisa sobre a Serra da Misericórdia, o nome correto é VERDEJAR SOCIOAMBIENTAL, obrigado.
ResponderExcluirEdson Gomes
Coordenador Geral
Verdejar Socioambiental
Valeu o toque irmão, foi corrigido.
ExcluirPaz e bem.
Mário
Oi pessoal, estou fazendo um trabalho com alunos do CE Gosmes Freire de Andrade acerca da história ambiental da Penha, e gostaria de saber um pouco mais sobre a Serra da Misericórdia. As pedreiras pararam de funcionar??? As obras do parque estão em andamento??? Esse trabalho é em parceria com UERJ. É uma oportunidade de expormos mais a situação. Conto com vocês!!!!
ExcluirParabens pelo trabalho, divulgarei o blog de voces na minha pagina no facebook: Um Coração Suburbano, abraços.
ResponderExcluirInteressante,não sabia que a Serra da Misericórdia se estendia até Honório Gurgel e Rocha Miranda,
ResponderExcluir